terça-feira, 8 de dezembro de 2009

domingo, 6 de dezembro de 2009

O Planejamento na Prática Pedagógica

Planejar é prever o que deve ser feito na busca de um objetivo. Quando se trata de trabalho pedagógico, o planejamento é de fundamental importância no desenvolvimento das atividades desenvolvidas. O professor deve estar bem informado sobre o que deve ser feito com a sua turma até o final do período letivo, pois só assim poderá ter condições de planejar cada fase de seu trabalho. Qual será o objetivo a ser alcançado com aquele grupo? Essa questão deve estar bem clara para o docente que assim terá como traçar suas metas períódicas no intuito de alcançá-la no fim dos trabalhos.
É lamentavel quando encontramos professores que acreditam que já não precisam planejar, pois acreditam ser desnecessário despender tempo em planejamento para realizar um trabalho que sempre foi feito de forma similar durante anos. não se pode crer que um bom trabalho desenvolvido com uma turma pode ser utilizado como fórmula para se trabalhar com outras. De fato, algumas experiências positivas podem servir como exemplos, mas o que não se deve crer é que exista um planejamento pedagógico único que por ter sido aplicado com êxito em uma situação, indiscutivelmente este será em todas situações. É preciso conhecer as peculiaridades de cada turma, de cada época, de cada aluno. Enfim, o professor precisa estar atento a todas as variáveis internas e externas que irão influenciar na organização de seu planejamento, para só então poder selecionar quais serão as atividades que efetivamente servirão para alcançar seus objetivos durante o trabalho.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009


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domingo, 29 de novembro de 2009

Ensino fundamental de nove anos na Escola Municipal Wilmar Bastos

No dia 27 de novembro de 2009 estive na Escola Municipal Wilmar Bastos no município de Duque de Caxias (RJ), onde tive a oportunidade de conversar com a Professora Ruth, Orientadora Pedagógica da Unidade de ensino, que gentilmente me recebeu para conversarmos sobre a implantação do ensino fundamental em nove anos na rede municipal de ensino e mais especificamente na própria escola. Apesar de esclarecedora a conversa me fez confirmar as desconfianças que já tinha de que as alterações, realizadas pelas escolas, do ensino fundamental de oito para nove anos não passou da nomenclatura dada ao ano em que as crianças estavam matriculadas. Mudanças extremas na metodologia nao foram realizadas de fato, visto que para a maioria dos professores, o que ficou evidente, a criança teria o mesmo tratamento pedagógico no ensino fundamental de nove anos do tratamento recebido no ensino de oito anos, com exceção que a obrigatoriedade da matricula seria para crianças de seis anos, que no lugar do antigo CA seria matriculada no primeiro ano do ensino fundamental. Seria necessario ainda uma maior conscientização dos profissionais de educação que trabalham diretamente com os alunos nas escolas sobre a importância do trabalho a ser realizado e como de fato deve ser feito, para que os resultados futuros sejam efetivamente os esperados.

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Minha filha de apenas doze anos de idade, conversando certo dia comigo, falou-me sobre sua mudança de escola quando estudava em um colégio particular na antiga quarta série, e sua transferência para a escola municipal em D. Caxias. Repare que a escola acolheu minha filha mas posteriormente fez a transferência dela para o ensino fundamental em nove anos de forma automática.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A AVALIAÇÃO QUE NÓS QUEREMOS

No Fórum de avaliação ocorrido nos dias 05 e 06 de novembro deste ano tive uma grande preocupação por assistir palestras de representantes de secretárias municipais de educação da Baixada Fluminense preocupados apenas em fazer propagandas de seus governos, perdendo a rica oportunidade de expor de fato o assunto que esperávamos ouvir, ou seja avaliação como efetivamente é feita em suas salas de aulas. A pergunta ainda permanece em aberto. Me parece que a preocupação de alguns palestrantes era apenas e tão somente expor um quadro ideal de suas gestões, deixando para nossos pesquisadores o trabalho de descobrir como de fato ocorre o processo avaliativo. Ainda estamos longe de termos uma avaliação justa que não exponha o aluno a uma situação opressora para que possa demonstrar seus conhecimentos, mas com certeza os debates e as preocupações com as formas de avaliação já demonstra um grande interesse de mudança e revolução na forma de aferirmos o conhecimento alheio.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Sobre o Portfólio

1) O que vocês entendem por “Propósitos Gerais”?

R. São os trabalhos desenvolvidos no portfólio em que o aluno fará uso de todos os artifícios oferecidos pela tecnologia digital para desenvolver os trabalhos elaborados em aula.poderá fazer uso de textos, fotos, videos que o auxiliarão no desenvolvimento de seu portfólio. Os objetivos dos propósitos gerais são para verificar a construção/ elaboração, criatividade, reflexão, parceria e autonomia do aluno


2) O que vocês entendem por “Propósitos específicos”?

R. É o trabalho, o tema a ser desenvolvido pelo aluno durante os trabalhos. O aluno terá liberdade de escolha para desenvolver um trabalho dentro do tema escolhido para seu portfólio


3) O que vocês entendem por descritores?

R. São os critérios de avaliação desenvolvidos pelo professor para avaliar o portfólio


4) Elabore um propósito específico

R. Ensino fundamental de nove anos


5) Discuta os descritores (acrescentando, excluindo ou alterando).

R. Presença em sala de aula, participação nas discussões, apresentação de trabalhos no blog.





O MEMORIAL


Desde muito pequeno sempre fui um apreciador dos estudos. Aos seis anos, caçula de uma família de cinco filhos, reclamava então com minha mãe o porquê de não estar na escola, uma vez que todos os meus irmãos mais velhos já estudavam. De tanto pertubar a boa genitora ela resolveu por fim me matricular em uma escolinha próximo à minha casa, na verdade era uma residencia onde uma boa senhora ensinava as primeiras lições às crianças mais interessadas pelos estudos. Jamais esquecerei do primeiro dia de aula. Mamãe me deixou na casa da tia Alice para estudar. Pouco mais de meia hora depois a professora me mandava pra casa pois nao conseguia dar aulas com aquele menino chorando o tempo todo com saudades da mãe. Ao chegar em casa, tentei explicar à minha mãe que não conseguia estudar pois estava com saudades dela.Não fosse minha mãe ter me levado de volta prá sala de aula, correndo pelas ruas da comunidade atrás de mim com o cinto na mão a bater em minhas pernas, talvez eu nao estivesse redigindo hoje esse memorial com muita satisfação e orgulho da minha trajetória escolar.

Ao sete anos de idade, enquanto o país explodia em crise devido o golpe miitar, corria o ano de 1975 e a luta pela redemocratização era assunto em todos os cantos , eu estava iniciando minha vida escolar oficialmente falando, pois finalmente era aluno da primeira série do ensino primário na Escola Estadual Itaperuna. Lembro como hoje a alegria em vestir finalmente aquele uniforme da rede estadual. Me sentia não mais uma criança pequena., mas finalmente um aluno e sabia que tinha muito para aprender até chegar às turmas superiores. Tinha vontade de chegar logo na turmas de sexta e sétima séries, pois diziam que as matérias eram muito difíceis, principalmente a matemática. O Itaperuna,como era chamado nossa escola, me propiciou todas as emoções necessárias para minha infância. Desde a menina de tranças por quem fui apaixonado até a quarta série, até a professora que me acompanhou em três dos quatro anos do ensino primário. D. Jussara merece ser lembrada com carinho pela atenção com que sempre cuidou de nós, sabendo ser severa nas horas certas, mas era fácil perceber os momentos de afeto que tinha por seus alunos.

No ensino de primeiro Grau, ainda no Itaperuna, devo destacar o esforço de uma professora em nos ensinar a todo custo as conjugações dos verbos, que para a maioria era tortuoso passar por aquela fase. Mas reconheço, que mesmo tendo utilizado métodos poucos aceitáveis para a pedagogia moderna, os cadernos e mais cadernos gastos para a aprendizagem dos verbos em todos os seus tempos e modos verbais me ajudaram a ter, por mais que a modestia me impeça a falar, uma habilidade com as palavras, pois além dos verbos, D. Leuza (nossa profesora de português nos três primeiros anos do primeiro grau) nos fazia ler muitos textos e histórias inesquecíveis da coleção Série Vagalume. Não esquecerei jamais histórias como "O caso da Borboleta Atíria", "A Ilha Perdida", "Tonico e Carniça" "O Escaravelho do Diabo", entre outros que fizeram parte não só de um currículo escolar, mas que também me ensinaram que a leitura era um caminho que me permitia conhecer um mundo diferente. Os primeiros contatos com a literatura devo creditar aos esforços dessa professora que para muitos era carrasca, mas que nunca teve da minha parte esse tipo de avaliação, pelo contrário meus sinceros agradecimentos por ter me encaminhando por definitivo no mundo da leitura.

O Itaperuna era um colégio situado em uma comunidade muito carente da cidade de D. Caxias, a Vila Operária. Os jovens, em sua maioria, eram levados muto precocemente ao mercado de trabaho, e isso os obrigava de certa forma a deixar a escola ou então se transferir para outras unidades onde existiam o curso de primeiro grau noturno. Devido a esse problema a diretora de nossa escola não conseguia formar uma turma de oitava série, levando os poucos alunos que sobravam e que nao eram suficientes para formar turma a serem transferidos para o colégio estadual mais próximo.Dessa forma termina a minha história no itaperuna, que hoje se chama Colégio Estadual Vinícius de Moraes, e sendo transferido para terminar o primeiro Grau na Escola Estadual Vinte e Cinco de Agosto, que hoje se chama Escola Estadual josé de Souza Herdy. Por que será que as pessoas mudam os nomes das escolas? Deveriam perguntar aos antigos alunos se eles concordam com isso.

Após concluir com bom aproveitamento o curso de primeiro grau, já se iam os anos de 1984, a democracia já estava quase chegando, e eu iniciava uma rápida passagem pelo segundo grau em um curso de formação de professores que se iniciava em mais uma outra escola estadual, o colégio Dulce Petri. Na verdade fui parar ali porque não sabia o que fazer no segundo grau, e naquela época existiam as provas para admissão em algumas escolas estaduais, como o Roberto Silveira por exemplo, e eu já havia perdido o prazo de inscrição. Fazer segundo grau particular era algo fora de cogitação.Papai não teria a menor condição de arcar com essa despesa no orçamento já apertado da casa. Não fosse uma professora do Itaperuna, com quem fui expor meu problema e que tinha muita afeição por mim, me recomendar o colégio Dulce Petri, talvez teria perdido um ano de estudo. mas felizmente tudo deu certo, menos o curso de formação de professores, no ano seguinte desisti de ser professor e me matriculei no colegio Carlos Gomes. A escola era particular, mas nesse tempo eu já trabalhava e meu salário era suficiente para custear os estudos e ainda sobrava o suficiente para ajudar em casa. Não sei se hoje seria possível fazer o que eu fazia com o salário que recebia.Demorei muito a concluir o segundo grau, apesar do curso no Carlos Gomes ser supletivo, o serviço Militar obrigatório me afastou por alguns períodos da escola, após passar por esse período de quartel conseguir retornar e concluir os estudos secundários. Foi demorado, mas em 1989 finalmente recebia com orgulho o diploma de conclusão do segundo grau. Estudar a noite era muito difícil, sentia sono e cansaço do dia de trabalho, não hesitava em sair no intervalo da aula e ir prá casa dormir, acreditava que não estava conseguindo assimilar nada, e que ganhva mais indo prá casa dormir para repor as energia pro outro dia. Apesar dessas dificuldades, foi no Carlos gomes que aprendi o prazer dos estudos de História com um professor que ensinava não para que pudéssemos tirar boas notas nas avaliações, mas para entendermos a importância do ensino de história nas nossas vidas. Mais um professor que agradeço e parabenizo pelo seu trabalho desenvolvido em minha carreira estudantil. Obrigado ao professor Mauro de História nos meus anos de segundo grau no Carlos Gomes.

Do segundo grau à Universidade criou-se um vácuo gigantesco. Fui sempre educado acreditando em minha na impossibilidade de ascender aos estudos universitários. Ouvia falar da Universiade como um lugar de ensino distante da realidade em que me inseria.Mas felizmente uma contribuição oriunda da minha participação na Igreja Católica permitiu que essas idéias fossem desaparendo por definitivo. Foi no ano de 1994, em uma reunião da Pastoral da Juventude, um grupo de jovens religiosos, onde fui designado a coordenar um projeto social iniciado por Frei David no município de São João de Meriti, o Pré Vestibular para Negros e Carentes. A partir do "Pré' como chamávamos nosso projeto, tive contato direto com pessoas que me levaram para o mundo, que até então achava ser distante da minha relidade, apesar de ser o coordenador e um dos primeiros organizadores do núcleo em Caxias, tinha um trabaho de incetivar e fazer com que jovens oriundos de classes menos favorecidas acreditassem na possibilidade de ocuparem uma vaga em universidades públicas e/ou particular com bolsas que coneguíamos através de muitas negociações. Não demorou muito, no sgundo semestre de 94 já ocupava uma vaga no curso de Administração na Fauldade Nuno Lisboa, em madureira, com bolsa de 100%. Lá cumpri dois períodos, quando depois de perder a bolsa consegui me transferir para Caxias, na Faculdade de Educação Fluminense ( AFE ), hoje Unigranrio, com bolsa de 50%. Na AFE fiquei apenas um período, pois no ano de 1997 o sonho da Universidade parecia ter se desmoronado. Não consegui renovar a bolsa e as dificuldades aumentaram para manter um curso universitario particular. Tive que desistir de um sonho por alguns anos, mesmo trabalhando em um projeto que incetivava os jovens a entrarem nas Universidades públicas, não acreditava na minha capacidade de realizar tal feito, e até mesmo porque o ensino de Administração de Empresas não despertavam em mim o prazer que sentia pelo trabalho social que desenvolvia. Sabia que meu lugar não era dentro de uma empresa desenvolvendo um trabalho que em nada tinha a ver com os ideais que até então norteavam minha trajetória como pessoa consciente dos problemas sociais que tinha passado e pelos quais outras pessoas também passavam. Mais um vácuo surgiu em minha trajetória até o ano de 2004. Aqui já casado e com duas filhas, reolvi que precisava investir novamente nos estudos, pois não podia deixar um legado para minhas filhas de um pai que abandonou os estudos. Em 2004 tentei vestbular para Geografia na Uerj, e com todos os atropelos qual não foi minha alegria senão uma aprovação para finalmente cursar uma Universidade pública e conseguir fazer parte a elite intelectual, dessa vez por definitivo. Geografia seria sim um curso que tinha tudo a ver com as idéias que faziam parte da minha trajetória, e seria perfeito, pois trabalhava em um horário que me permitia frequentar as aulas na UERJ/FEBF que eram de 7;30 as 12:30. Não fosse uma demissão ocorrida no ano de 2005, talvez o curso chegasse ao fim. Em 2006, por mais que tentasse continuar, uma greve na UERJ e uma proposta de trabalho em outro município me afastaram novamente da Universidade. Após duas tentativas frustradas de retorno, consegui estabilizar a vida financeira e como não conseguia transferir o curso de Geografia para a Pedagogia que era a noite, prestei novo Vestibular em 2008, e novamente aprovado consegui retornar em 2009 para a faculdade, claro aproveitando muitos créditos do curso anterior. Hoje no quarto período do curso de Pedagogia vou dando prosseguimento à essa longa trajetória, que apesar de longa ainda tem muitos capítulos a serem escritos.

Sem querer alongar mais, sinto necessário concluir esse memorial afirmando que aquela criança nascida em outubro 1968, passou por mudanças tão fortes quanto o País em que ela nasceu. O Brasil hoje tem suas instituições fortes e um povo livre que ainda precisa conhecer seus direito e fazer melhor uso deles, para que as crianças que hoje estão iniciando seus memoriais possam contar histórias menos conturbadas do que esta que agora se apresenta.
obrigado,
o autor.